segunda-feira, 26 de maio de 2008

Educação e pobreza

Não é muito difícil encontrar, no Brasil, bons e fortes indícios para acreditarmos que existe uma relação direta entre educação e pobreza. Um deles pode ser claramente notado no grau de escolaridade colhido nas classes dominantes e nas menos favorecidas.

Isso já nos remete à percepção de que a ascensão social se faz habitualmente, porém não exclusivamente, através da educação. Todavia, a cerne da questão está além da simples constatação. Está, talvez, em saber qual a melhor forma de dar educação aos pobres.

O competitivo mercado de trabalho, acirrado pela promoção do profissional super-qualificado, segrega aqueles que estudaram menos e beneficia quem pôde investir na formação. Isso, obviamente, impacta diretamente nos salários e, conseqüentemente, no padrão de vida do trabalhador.

Nas periferias e nos bolsões de miséria brasileiros, é comum ver jovens abandonarem – ou nem chegarem a freqüentar – salas de aulas. São, desde cedo, arremessados para o “batente” – na maioria das vezes pelos próprios pais. Eles ingressam em subempregos e em frentes de trabalho de baixa exigência técnica, como o mercado informal.

Quebrar essa cadeia, esse círculo vicioso, aparentemente sem saída, constitui-se o desafio de todos os envolvidos neste processo; quer seja, o poder público, a família, a escola, e principalmente, o próprio jovem cuja condição de vida não lhe permite vislumbrar um futuro de expectativas animadoras.

Enfim, os atores já estão no palco. Resta-nos, portanto, o ato mais abstruso: saber o papel de cada um. Somente um bom roteiro fará com que todos entrem em cena e representem uma linda história com final feliz.

Um comentário:

  1. CONCORDO PLENAMENTE! OS GORVERNANTES PRECISAVAM DESPERTAR PARA UM FUTURO MELHOR PARA O NOSSO BRASIL. SEM A EDUCAÇÃO NOS TRAZ: A VIOLÊNCIA, A DESOBEDIENCIA.

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